A influência em cursar Engenharia veio da família. O engenheiro mecânico Bruno Serapião (T95) é filho de iteano, o que, segundo ele, facilitou muito essa conexão. O pai, Antônio Carlos de Souza Serapião, da turma de 1977, cursou Engenharia Mecânica-Aeronáutica. Além da família, morou em São José dos Campos, onde fica o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), acompanhou de perto a Missão Espacial Brasileira, surgindo, então, o interesse por aviação e engenharia.
O iteano possui ampla experiência nas áreas de infraestrutura, logística, energia e investimentos alternativos.
“Comecei a carreira como oficial engenheiro na Força Aérea Brasileira (FAB), trabalhando no antigo Departamento de Aviação Civil (DAC), hoje Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC). Ali, aprendi a importância dos empresários que montavam as empresas e eram responsáveis por investimentos e empregos de qualidade no Brasil. Aqui, surge minha vontade de mudar de área para a gestão”, explicou Serapião.
Ele nos contou que foi bolsista da Fundação Estudar (uma organização Brasileira sem fins lucrativos de incentivo à educação) no MBA no INSEAD (instituição francesa que oferece programa de MBA). Essa passagem trouxe oportunidades para ocupar posições em companhias como América Latina Logística (ALL) e GE. Após essas experiências, ele se dedicou ao projeto da empresa Hidrovias do Brasil, no qual estava bastante focado no Agronegócio. Serapião disse que a fundação da Hidrovias foi seu projeto mais marcante. “Tiramos uma ideia de logística de integração do Brasil do papel, desenvolvemos tecnologia de transporte hidroviário (os primeiros empurradores Diesel Elétricos do mundo, Portos na Amazônia e no Paraguai. A Hidrovias é hoje uma empresa listada na B3 e mudou a logística de grãos e minério no Brasil.”
Desde maio de 2023, Serapião é CEO da Atvos, considerada uma das maiores produtoras de biocombustíveis do Brasil. O propósito dele é desenvolver o Brasil nas oito unidades da indústria e liderar a transição energética com biocombustíveis e energia renovável.
“Hoje, as pessoas são o maior desafio na Atvos. Mudar uma estrutura para uma cultura de crescimento sustentável. Estamos investindo muito na valorização do nosso pessoal interno, em sistemas de tecnologia e treinamento para sermos mais eficientes e alocar mais capital na operação. Temos um grande desafio de levar a solução do etanol brasileiro como solução de descarbonização para outros países”, destacou.
Para lidar com esse desafio, o iteano carrega em sua trajetória o que aprendeu no ITA.