Sempre dizem que ser mãe é abdicar de sua própria vida em prol do outro. É não ter mais tempo para você; não se preocupar com você; não escolher nada para você; não ter mais um momento único e por aí vai.
Mas será que é tudo isso mesmo? Podemos dizer que sim e que não. Tudo depende de como cada mulher enxerga a maternidade. Não podemos ditar uma regra.
Neste dia especial, a ITAEx traz um pouco da vida de mãe de duas Diretoras da Associação: a Diretora de Empreendedorismo e Inovação, Cláudia Massei (T05), e a Diretora de Captação, Tatiana Silva Baughn (T05). Elas nos contaram como é ser mãe.
Cláudia tem o Albert, que vai completar seis meses no Dia das Mães e Tatiana tem a Mia de três anos e meio.
“Ainda estou aprendendo a ser mãe, mas acho que é importante resolver o conflito “maternidade vs vida profissional” o quanto antes. Já fazia o trabalho de consultoria freelance desde a terceira semana de vida do bebê. Vivia num conflito constante entre estar cuidando dele e pensando que eu tinha que entregar alguma demanda do trabalho. Isso de estar em um contexto e estar pensando em outro, se você entrar em um looping infinito disso, nunca fica realizado. Então, para mim, era importante conseguir dividir. Durante a licença maternidade, consigo adequar minhas 12 horas semanais de trabalho com a ajuda de uma babá que cuida do bebê 15 horas por semana”, explicou Cláudia.
Para Tatiana, “Ao priorizar minha filha, ocasionalmente, questionava meu desempenho no trabalho. A licença maternidade, embora um período valioso, não foi suficiente para me preparar completamente para o retorno à rotina profissional. Com a pandemia, a falta de suporte presencial da família só intensificou essa transição. Hoje, encontrei um equilíbrio mais sólido, mas não sem aprender algumas lições valiosas pelo caminho. A maternidade redefiniu minhas prioridades, destacando o valor da família em todas as minhas decisões. Essa jornada me ensinou a importância da flexibilidade, da autocompaixão e da busca constante por um equilíbrio saudável entre o pessoal e o profissional.”
INFLUÊNCIA DOS PAIS
As duas Diretoras destacaram a importância dos seus pais na caminhada para a maternidade.
Tatiana nos contou que cresceu em um ambiente rigoroso, que a incentivou a buscar excelência acadêmica. Fala de uma maneira bastante carinhosa de sua mãe: “uma presença amorosa e amiga constante”. Para ela, testemunhar os desafios enfrentados pela sua mãe para equilibrar carreira e maternidade, ajudou a moldar sua determinação em buscar independência, mantendo um equilíbrio entre ser mãe e perseguir seus objetivos profissionais.
Cláudia teve a oportunidade de ter seus pais ao lado dela por um período quando o bebê tinha duas semanas. Nesses dias, ela conta que pode ver, na verdade, como eles cuidavam do bebê, como tinham paciência. Momentos que a ajudaram e a ajudam nas horas de desespero, quando pensa que a paciência está chegando no limite. É nessas horas que Cláudia tenta se lembrar das primeiras semanas de maternidade e, de como seus pais, “mostraram ser amorosos, carinhosos e tenros com o bebê”.
MENSAGEM
Tatiana e Cláudia deixaram uma mensagem para aquelas que pretendem ou estão próximas a serem mães.
“Maternidade é mais que um full time job (principalmente se não houver família e amigos por perto), então esteja preparada para abrir mão da vida que você costumava levar. A vida “nova” vai valer a pena, mas é importante que seja num momento em que você acredite que o custo de oportunidade não é tão significativo”, enfatizou Cláudia.
“A maternidade é uma experiência transformadora, enriquecedora e desafiadora. Embora seja um caminho de autodescoberta e amor incondicional, é essencial reconhecer que cada jornada é única. Sentir-se preparada para dar esse passo, é uma aventura incomparável. No entanto, não há pressa. Cada pessoa encontra seu próprio ritmo e suas próprias prioridades. O importante é abraçar a jornada com amor, paciência e autocompaixão”, destacou Tatiana.